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terça-feira, 18 de maio de 2010

O pintor e o poeta das coisas simples

Vincent Willem van Gogh,1853-1890
Artiste-Photo Victor Morin
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Poesia : "O Tempo"
Autor: Mário Quintana
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é Natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
Seguia sempre em frente e iria jogando pelo
caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente
e diria que eu o amo...
E tem mais: Não deixe de fazer algo
de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado
por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo,
que infelizmente, nunca mais voltará.
***
Mário de Miranda Quintana foi
poeta, tradutor e jornalista brasileiro.
Ele é considerado o "poeta das coisas simples".
Seu estilo é marcado pela ironia, pela
profundidade e pela perfeição técnica.
Trabalhou como jornalista quase sua vida
toda.Traduziu mais de 130 obras da
literatura universal.
Nasceu no dia 30/07/1906 ,no município
de Alegrete, estado do Rio Grande do Sul.
Brasão do município de Alegrete
Localização de Alegrete.
***
1940- Lançou seu 1º livro de poesias, iniciando a sua
carreira de poeta, escritor e autor infantil.

1966- Publicou sua Antologia Poética com 60 poemas,
lançada para comemorar seus 60 anos de idade. No
mesmo ano ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da
União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano.
A obra foi organizada por Rubem Alves e

Paulo Mendes Campos

1976- Aos 70 anos recebeu a Medalha Negrinho do
Pastoreio do Governo do estado do Rio Grande do Sul.
***
1980- Recebeu o Prêmio Machado de Assis ,da Academia
Brasileira de Letras.
***
1981- Recebeu o Prêmio Jabuti de Personalidade
Literária do Ano.
O grande poeta Manuel Bandeira dedicou-lhe um
poema, onde se lê:
(...)
"Meu Quintana, os teus cantares
Não são, Quintana, cantares:
São, Quintana, quintanares.
***
Quinta-essência de cantares...
Insólitos, singulares...
Cantares? Não! Quintanares!"
(...)


Quintana faleceu em Porto Alegre (05/05/1994)
Foto-Vista aérea de Porto Alegre a partir do Guaíba.

Lago Guaíba e ao fundo a cidade de Porto Alegre.

Monumento Carlos Drummond de Andrade e
Mário Quintana, autoria de Francisco Stockinger,
situada na Praça da Alfândega, Porto Alegre, Brasil.


"Tudo neste mundo tem o seu tempo;
cada coisa tem a sua ocasião."
Eclesiastes 3:1
(BÍBLIA NTLH)

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